segunda-feira, 13 de julho de 2009

Primeiras conclusões

Caros leitores e leitoras,

Peço a compreensão de todos com a minha ausência nas postagens. Infelizmente, tive que abdicar dos meus devaneios por um tempo para lidar com outras preocupações. Mas acredito que durante esse mês conseguirei compensar o tempo que passei sem escrever nada por aqui.

A fim de que seja possível relembrar a todos sobre os pensamentos passados, vez gostaria de retomar todas as reflexões anteriores e juntar algumas conclusões a partir da reunião de todas elas, apresentadas de uma forma mais rápida, antes de iniciar uma nova fase de reflexões.

(Para que esse devaneio faça algum sentido para alguém que porventura tenha iniciado o acompanhamento dessas reflexões agora, sugiro que não o leia ainda, e comece com as primeiras reflexões. Não se preocupe em ler todas agora, o que eu acho algo bem difícil de se fazer, mas procure aproveitar cada devaneio para fazer suas próprias reflexões, o que exige tempo.)

E aqui estão minhas primeiras conclusões depois desse período de reflexão, feitas através de uma forma mais pontual:

- Os anos de aprendizado ainda não se encerraram. E eu me sinto satisfeito com isso. Durante esse semestre vivenciei situações novas e muito proveitosas, que com certeza serviram para me preparar de uma forma melhor para o futuro. Ainda sou incapaz de saber se os anos de aprendizado chegarão ao fim.

- Quanto à esperança - a minha esperança de acreditar que seria possível tentar de novo - confirmei que ela realmente existe. E não importa se o contexto muda, se as coisas se tornam mais difíceis ou fáceis, existe uma forma de se fazer com que as coisas terminem de um modo diferente daquele que se imagina quando nos deparamos com o inesperado. Se elas deram certo ou errado, eu realmente não sei. Discutir isso é algo que, dentro da minha maneira de ver as coisas, limita-se aos que acreditam no outro tipo de esperança - aquela que sempre imagina que tudo termina bem. E isso é algo que eu me distancio cada vez mais com o passar do tempo.

- A minha visão sobre o "plano de papel" se expandiu à medida que eu me deparei com novas situações. Talvez ainda não seja tempo de tirar conclusões precisas sobre isso, mas estou certo de que essa forma de ver o destino nunca fez tanto sentido para mim. E eu passei a acreditar que exercemos uma influência muito forte sobre o destino dos outros, e quase sempre não percebemos isso. Basta se dar conta de que nessa ótica, todos nós desenhamos na mesma folha - e o mais imoportante - estamos fazendo isso de olhos fechados. Reservo mais discussões sobre isso para um futuro próximo.

- Insisto em alertar que devemos pensar muito antes de fazer escolhas. De todos os tipos. Justamente pelo fato de que essas escolhas não afetam apenas uma pessoa, por menores que elas sejam. Fazendo isso também é possível aproveitar mais as oportunidades - embora isso possa ser meio contraditório, já que algumas escolhas devem ser feitas com rapidez, pois às vezes a demora para decidir leva à uma escolha involuntária. E mesmo tendo sofrido bastante com escolhas involuntárias causadas pela demora para decidir, ainda acredito que vale a pena pensar bem antes de agir.

- Sobre os sonhos, não posso me prolongar muito, pois ainda é necessário muito espaço para tomar todas as conclusões necessárias sobre eles. Mas por enquanto, volto a concordar com Fausto: "Como é tão difícil às asas de nossa alma aliarem-se as asas da matéria" - e refletindo um pouco sobre as idéias de Platão, e e utilizando suas teorias de forma muito superficial, eu cheguei à conclusão de que os sonhos são ligação da matéria com a nossa alma... são a perspectiva de tornar feliz o espírito - que habita o mundo das idéias - através das coisas que habitam o mundo sensível.

- A desventura prevalesce, infelizmente. Ela é uma manifestação dos sentimentos de quando sou atingido pela fraqueza que é inerente de todos os seres humanos, e que me faz concluir que sou apenas mais um humano, com tantas limitações, defeitos e angústias como tantos outros. Contudo, eu consegui admitir isso, o que talvez me faça diferente de muitos que não o fizeram. Reconheço boas virtudes nos seres humanos, e tive a felicidade de encontrar pessoas pelas quais tive profunda admiração por ver o que elas conseguiram fazer a partir de coisas aparentemente muito simples, mas que no final se tornaram verdadeiros atos heróicos. Queria eu ter feito durante todos esses anos de minha vida uma mínima parte do que elas fizeram.

- Quanto aos sacrifícios, creio que eles acabaram por constituir o meu maior problema. Visualizo minhas limitações ao ver que fui incapaz de controlar minha própria vontade, e misturando o inteligível com o sensível, não soube dizer ''eu sacrifico''. Isso não me custou o meu sonho, mas interferiu profundamente na minha vida. Como as próximas reflexões serão iniciadas por essa temática, encerro por aqui os comentários sobre sacrifícios.

E assim também encerro essa primeira parte de reflexões. Acredito ter encontrado muitas respostas para perguntas que pairavam sobre a minha cabeça, e encontrei muitas outras perguntas que ainda precisam ser respondidas. Agradeço a todos os que me acompanharam, com muita paciência nessas reflexões, as quais vocês também foram responsáveis por gerar mais idéias e caminhos para encontrar as respostas que eu procurava. Ficaria muito feliz se vocês continuassem a ler os próximos devaneios , que podem ser digressivos e dispersos para alguns, mas que fazem muito sentido para mim.