quinta-feira, 15 de julho de 2010

Tempo

Saudações.

Novamente, depois de longos meses, tive meus planos de continuar novamente postando aqui frustrados pela falta de tempo. E aliás, o tempo (ou a falta dele) não foi responsável por somente a minha ausência. Nesse último período passei por novas experiências (as quais terão devaneios reservados que talvez mais tarde sejam publicados por aqui) que requeriam muito tempo para que fossem executadas de acordo com meu planejamento. Mas infelizmente, faltou tempo. Faltou muito tempo. Por isso, reservo este devaneio para refletir sobre o tempo - essa coisa inconstante, e abstrata, e tão difícil de se saber usar em nossas vidas.
"Medida de duração dos seres sujeitos à mudança da sua substância ou a mudanças acidentais e sucessivas da sua natureza, apreciáveis pelos sentidos orgânicos" -É uma das várias formas como o dicionário o define.
Refletindo bastante, observamos que duração das coisas é um tanto quanto relativa. Podemos pensar nessa duração de uma maneira concreta, como o quanto as coisas demorar para acontecer, ou o quanto elas demoram para "terminar de acontecer". Seria interessante imaginarmos isso de uma maneira mais abstrata, tão abstrata quanto o próprio tempo é. A duração dos acontecimentos só faz sentido se os comparamos com outros. Por isso que o tempo é tão relativo.

Existem momentos de nossas vidas que nos gostaríamos que tivessem uma duração maior, e outros momentos, uma duração menor. Alguns deles não precisavam ter começado, enquanto que outros poderiam ter começado mais cedo, e ainda outros poderiam ter acontecido mais tarde. Contudo, será que é possível organizar todos esses momentos e fazê-los com que eles tenham a duração que nós desejamos? Talvez. Podem pensar que eu esteja me contradizendo, afinal acabei de afirmar em algumas linhas acima que estava sem tempo, e afirmando que isso possa ser possível, então eu não teria justificativas para ficar sem tempo. Mas isso não é possível no plano concreto. Somente nos pensamentos de nossas mentes. Nos devaneios dos sonhos. Lá revivemos situações, criamos outras, de maneira inconsciente, e de alguma forma às vezes elas se materializam perfeitamente. Outras vezes, elas ocorrem de forma totalmente oposta. E no final, descobrimos que tudo aquilo que ocorreu não durou tanto tempo assim. Aliás, talvez não tenha durado tempo algum.

Ainda não sou capaz de pensar em como representar o tempo no meu ''plano de papel'' ao qual sempre me refiro nos devaneios (caso você esteja perdido(a), começe a ler os posts a partir do primeiro... vai levar bastante tempo pra você chegar aqui, mas talvez possa valer a pena) - aquele em que escrevemos nossas vidas com traços em um espaço infinito, de olhos fechados. Acho que o comprimento do traço talvez não seja uma forma tão significativa para representar o tempo, afinal o plano não localiza os pontos em uma sequência lógica, o que impede definir a duração das coisas por uma sequëncia de pontos. Talvez isso seja muito difícil de se imaginar, mas talvez não seja necessário gastar reflexões sobre isso. Pelo menos por enquanto.

Às vezes gostaria de voltar no tempo. Desfazer algumas coisas e fazer outras, muitas vezes imagino que talvez eu possa ter obtido um bom proveito do que fiz, mesmo tendo cometido erros, porque podemos aprender muito com eles. Um dia pretendo falar sobre erros. No entando, isso também fica para outra vez.

Não pretendo consumir muito mais o tempo dos leitores. Então pretendo terminar por aqui. Esse não foi um devaneio muito claro, e talvez não tenha sido matéria para boas reflexões, embora tenha sido necessário. Só encerro manifestando minha inveja daqueles que controlam bem o próprio tempo na vida real. Para essas pessoas, talvez tudo não seja possível, mas elas estão em um patamar acima de muitas pessoas, dentre as quais eu me incluo.

Despeço-me pedindo desculpas pela digressão e pelos erros (e por repetir tanto a palavra tempo), mais uma vez. Ironicamente, escrevi isso um pouco depressa e não tive muito tempo para revisar o texto.

Até o proximo devaneio.