sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Retorno para avaliar o passado

Saudações a todos.


Depois de pouco mais de sete meses sem escrever nada por aqui, volto para esclarecer a ausência e tentar de alguma forma descrever tudo o que se passou nesses útlimos tempos de uma forma bem rápida. Primeiro, gostaria de relembrar que a situação em que eu me encontrava no ano passado exigia uma dedicação muito grande, que acabou por me custar muito caro, a ponto de abdicar de muitas coisas, dentre as quais encontrava-se o tempo que eu reservava para escrever sobre os devaneios, fazendo com que eu interrompesse as atividades desse espaço sem dar nenhuma satisfação para ninguém. Fico feliz que agora seja possível poder dar continuidade ao que havia sido interrompido.

Contudo, devo salientar que mudei os planos. Não pretendo mais discutir tão amplamente aquela temática de sacrifícios com a qual me importava tanto no passado, e sim apresentar os resultados dela, atentando para alguns detalhes, os quais serão expostos futuramente. Os sacrifícios e provações valeram a pena. As coisas não seguiram perfeitamente meus planos, mas acabaram satisfatoriamente, o que me faz voltar a pensar na representação da folha de papel em que traçamos as linhas de nossas vidas. A partir disso pude vivenciar que as linhas tomam rumos inesperados, mas que podem passar por pontos pelos quais gostaríamos de passar.

Agora posso ver claramente que meus verdadeiros anos de aprendizado não tinham se iniciado ainda, e essa época da minha vida, a qual fui submetido a vários testes para iniciar essa jornada que me aguarda agora, era só um treino. Aquela fase de aprendizado a qual eu me questionava se estava no fim ou no início precisava ser revisada. E tenho a felicidade de ter conseguido passar por tudo isso mais uma vez, dentro de um contexto diferente, conhecendo novas pessoas, que me ajudaram muito, e enfrentando novas dificuldades, responsáveis por deixar minha mente mais forte diante de uma rotina de grande esforço e dedicação. E eu tenho certeza de que se tivesse que passar por essa jornada de novo, mesmo que ela fique cada vez mais difícil a medida que se repete, eu seria capaz de passar por cada pedaço dela outra vez, por mais sofrimentos que isso pudesse me causar, e iria aprender muito mais. Todas as voltas que foram dadas ao redor de um ponto tão visado (o qual eu ainda não posso chamar de sonho, porque ele é apenas uma parte dele) tiveram o intuito de me deixar mais preparado. Voltando ao plano de papel, eu diria que consegui abrir meus olhos e ver que o desenho fazia sentido.

E apenas concluindo as reflexões sobre os sacrifícios - ou tentando dar uma pequena conclusão para algo que eu não me sinto capaz de finalizar ainda - ressalto que ainda tenho dúvidas sobre algumas decisões que tomei. Sei que consegui dizer "eu sacrifico" e consegui deixar muitas coisas de lado, mas sobre alguns pontos imagino o que teria acontecido caso eu não o tivesse feito. Algumas coisas poderiam ser diferentes, e talvez isso me trouxesse um resultado melhor, e ao mesmo tempo vejo que sacrificar até mesmo partes de um sonho foi um mal necessário. Acredito que preciso de mais um pouco de tempo para ponderar tal situação.

Por fim, sinto ter vencido a desventura. Acredito que " aquilo que faz a felicidade do homem tem que se tornar também a fonte de sua desventura", porque a felicidade só é alcançada em toda a sua excelência caso tenhamos provado os desgostos que essa fonte pode nos propiciar. E isso é o que torna tão difícil alcançar essa felicidade: o fato de sermos obrigados a conviver com uma tristeza para desfrutar dela. Talvez essa seja uma nova resposta para um antigo questionamento meu.

Agradeço a todos que estiveram por todo esse tempo contribuindo com seus pensamentos para que eu conseguisse forças para obter êxito sobre as dificuldades pelas quais passei, e espero poder retribuir da mesma forma. Peço desculpas se esse devaneio está confuso (e provavelmente com alguns erros de coesão) mas precisava escrever muitas coisas de uma forma rápida, de maneira que a minha memória não falhasse e eu acabasse por omitir pontos relevantes para essa reflexão. Espero continuar em breve, mas por hora, despeço-me aqui.